terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A Arte de Não Saber Como Escolher

Estou, há semanas, abrindo o editor de texto e pensando sobre como começar a escrever. Várias ideias diferentes passaram pela minha cabeça e nenhuma delas tomou forma como deveria. Sempre achei engraçada a dicotomia que existe no ato de escolher.
Trabalhei por dois anos em uma video locadora e as pessoas sempre diziam "minha nossa, deve ser o máximo poder passar o dia inteiro assistindo a qualquer filme disponível", e era realmente o máximo poder assistir a qualquer filme que eu quisesse, mas isso também era um problema.

Explico: Quando você quer muito sentar no sofá e assistir a um filme qualquer, muito provavelmente nada do que estiver à sua disposição será do seu grado. O oposto também se aplica aqui.
Acontece que durante todo o período em que trabalhei por lá, vi sim, muitos filmes, mas poderia ter visto duas, talvez três vezes esse número. No entanto, eu nunca estava muito afim de assistir esse ou aquele filme naquele momento em específico e no fim das contas, acabava não vendo nenhum.

E é esse o paradoxo das escolhas. Não ter opções é ruim, mas ter muitas opções também pode ser péssimo.
Assim como os assuntos para o meu texto. Haviam tantos que não pude escolher e, aqui estou, escrevendo sobre todos e nenhum deles ao mesmo tempo.

Esse texto é só pelo hábito de começar com o mais difícil, aquela regra sobre dar o primeiro passo e o resto vir naturalmente.
Então, até quinta-feira, com um pouco do "naturalmente".

2 comentários:

  1. Não sei escolher coisas. Não sei decidir minha música preferida, não sei escolher se gosto mais de chocolate ou batata frita. Tenho pelo menos 5 filmes no Top Five dos melhores filmes da vida que, acredite se quiser,não tem outras posições a não ser o primeiro lugar. É, a arte de não saber como escolher mora aqui.

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  2. Relaxa... Eu também não sei escolher. Aliás, já conseguiram me convencer de que nunca irei "saber" bem ao certo o que eu quero, do que eu gosto, e, muito menos, se a minha escolha foi a melhor. Recomendo uma leitura interessante sobre esse sentimento de escolhas e decisões. De uma forma genial o autor relaciona essa dicotomia ao "mundo das relações fluidas". Livro: Amor Líquido; Autor: Zygmunt Bauman. Saudade de você, amigo. Te amo.

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